As origens do ser humano (3 de 3): A linguagem


É lógico que os animais também têm linguagem e a utilizam para se comunicar. Nesse sentido, poderíamos questionar esse traço supostamente distintivo do ser humano dizendo, por exemplo, que o cachorro muitas vezes parece entender o que o dizemos.



Contudo, não é bem assim que funciona. Um bom exemplo pode ser visto no adestramento de animais, onde os adestradores tentam fazer com que seus animais obedeçam ao seu comando. Podemos ver que na verdade não se trata de uma comunicação sofisticada entre homem e animal, ao contrário, temos um processo de adestramento onde o animal apenas obedece aos comandos fixos que foram precariamente criados a partir de muito treinamento.

Ainda, para ilustrar essa questão pode-se citar o livro Água para elefante, que tem como pano de fundo um circo norte-americano, e como um dos principais protagonistas Rose, uma aliá. Rose, que havia sido adquiria pelo circo não obedecia a nenhum comando e se mostrava arredia a todos os adestradores. Parecia a todos um caso perdido. Até o momento em que chega ao circo uma nova figura, um homem que falava polonês e, enfim, todos descobrem que na verdade Rose havia sido muito bem adestrado, só que em polonês e não em inglês.

Essas anedotas apesar de simplórias evidenciam que o os animais não conseguem recriar novos significados a partir dos comandos que recebem. O ser humano, ao contrário, pode dar múltiplos significados para cada palavra, aplicá-las a contextos diferentes, dando novos sentidos.

Por outro lado, o animal procura por meio de a sua linguagem atender às suas necessidades do momento, imediatas. O ser humano, por outro lado, por meio da sua linguagem consegue se situar no tempo, criar consciência de seu passado e planejar o seu futuro. Ou seja, por meio da linguagem o homem consegue representar tornar presente aquilo que está ausente. A linguagem humaniza o homem.




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