Malandragem no contexto do Estado Novo de Vargas

Comumente o malandro e retratado a partir de algumas lógicas distintas, entre as quais pode-se destacar:


O malandro como contraponto do mundo do trabalho, como uma apologia ao ócio, ou seja, nessa concepção o trabalho não dignifica o homem. 

O malandro pode aparecer ainda como uma estratégia de sobrevivência, como uma forma de vida suave. 

A malandragem ocupando um lugar de destaque na construção do que podemos chamar de identidade nacional, no sentido de que “somos todos uma gente de malandro”, ou quem nunca ouviu falar do “jeitinho do brasileiro” para resolver as coisas. 

O malandro, portanto, não é um personagem que procura civilizar, muito ao contrário, sua relação é com a barbárie com a anomia. E nesse sentido que a malandragem se contrapunha à ideologia de trabalho do governo Vargas. O governo Vargas, em especial durante o Estado Novo, sob a direção do DIP, vai procurar censurar e cooptar diversos sambistas para trabalharem em favor da ideologia do trabalho proposta por Vargas.

O grande caricaturista J.Carlos tornar-se-ia um especialista em retratar a sociedade carioca, mostrando em muitas de suas criações a imagem do sambista associado com a malandragem.



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