Guerra entre os gregos - Capítulo I


Nossa incursão ao mundo grego possibilitará submergir elementos que auxiliam na compreensão do sentido da guerra entre os antigos, no delineamento de seus contornos específicos.

Será possível perceber no decorrer do estudo a relação da guerra com o homem grego. A guerra no mundo antigo mostra-se como uma situação permanente da vida, ligando-se com o dia-a-dia das pessoas. Essa ligação refletia em uma correspondência entre a vida bélica, social e econômica, ou seja, os papéis que os indivíduos desempenhavam nessas esferas deveria ter um alto grau de equivalência. Derivava dessa equivalência o caráter de amadorismo da guerra, não existiam forças belicosas profissionais. Formava-se assim um modelo bélico baseado na distinção social, representado pela cavalaria, hoplitas e tropas ligeiras.

Mais do que violência desinteressada, a guerra apresentava sua lógica própria, obedecia a regras especificas. Na guerra, a derrota da pólis poderia significar a escravização da população, assim os indivíduos nutriam uma relação de pertencimento com a cidade que instruía o indivíduo para a defesa de sua pólis. Por outro lado, a possibilidade de espólios com a guerra transformava o potencial defensivo em agressividade. A guerra é desde sempre fonte potencial de ganhos, de riquezas.

A Guerra entre os Gregos envolveu todo o mundo grego. Colocou em cena o contraste entre, por um lado, a autonomia das pólis e, por outro, os laços culturais que os gregos possuíam em comum. Travou-se uma guerra entre coalizões, colocando de um lado Atenas e do outro Esparta, ambas lutando pela hegemonia sobre o Egeu.



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