Sócrates - Vida e Obra ("Conhece-te a ti próprio")

Sócrates nasceu em Atenas, filho de um escultor e de uma parteira exerceu diversas atividades durante sua vida, sendo soldado, escultor, senador e por fim filósofo. Entre suas preocupações filosóficas destinou especial atenção a problemática do homem, ou em outras palavras: “o que é a essência do homem”.

Sócrates defendia a ideia do “eu consciente”, ou seja, cada indivíduo é portador de uma “alma”, sendo composta por uma consciência intelectual e moral, portanto, cada ser humano é único. Nesse sentido, cada homem deve se preocupar em formular as suas próprias ideias e não as de outrem. Segundo Sócrates os homens devem deixar de se portar como ovelhas que seguem cegamente os outros, sem questionamentos, como, por exemplo, quando se submetem aos líderes políticos. 

Questionava, portanto, o mundo e as pessoas a sua volta, e em seus colóquios, Sócrates se utilizava da ironia (explorar a contradição) como forma de levar o seu interlocutor a perceber as falhas de seu argumento e a partir disso buscar a sabedoria verdadeira dentro de si. Surge deste contexto a famosa expressão atribuída a Sócrates, apropriada do oráculo de Delos: “Conhece-te a ti próprio”. 


Tal método, onde o filósofo auxilia cada um a trazer a tona, por meio da razão, a verdade que está dentro de si, recebeu o título de maiêutica, ou "parto do conhecimento", na media em que cada um deveria parir o conhecimento esconso em sua alma. 

Nesse âmbito Sócrates defendia uma contínua e incansável busca pelo conhecimento: “Só sei que nada sei”. Essa postura leva a um contínuo questionar e a produção de novos saberes. 

A ideia de Sócrates “Só sei que nada sei”, será apropriada por outros pensadores na formulação do ceticismo, que é a ideia de que a verdade é inalcançável, lançando-se dúvidas e desconfianças em relação a todas as argumentações. Contudo, é necessário destacar, que Sócrates, diferentemente dos céticos, acreditava na busca da verdade. 

Diferenciava-se dos filósofos da época, os chamados sofistas, que eram mestres da retórica (a arte de bem falar, de persuadir, de convencer) e agiam como se fossem filósofos de “aluguel” onde relativizavam a ética e a moral e defendiam quem quer que fosse desde que recebessem a devida remuneração. Ou seja, de acordo com a crítica de Sócrates e, também, de Platão (o que efetivamente esvazia a concepção de virtude dos sofistas) os filósofos sofistas não priorizavam a verdade da argumentação, dando maior importância ao aspecto formal, à retorica e ao convencimento em si. 

Sócrates preocupava-se com a valoração, como o “bem” e a “justiça”, e diferente dos sofistas que segundo sua visão praticavam “um vale tudo na argumentação” defendia a ideia da universalidade em relação aos valores. 

Sócrates ao questionar determinados estratos sociais acabou sendo condenada a morte através da ingestão de cicuta. A acusação: corromper os jovens e desrespeitar os deuses. Mesmo podendo, não voltou atrás em suas ideias (o que poderia converter a sua pena em exílio).

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1 Comentários

  1. Mafalda ki legall cartoon mto engraçadoh...kkkkkk
    hsuhashusah

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