Praticamente todos os problemas ambientais estão ligados com um dos valores mais importantes, apregoados e desenvolvidos do sistema capitalista: a sociedade de consumo. Apesar dos malthusianos terem errado as suas previsões em relação ao futuro da sociedade humana e a produção de meios de sobrevivência, nos dias de hoje muitos especialistas apontam quase de forma inequívoca, que em longo prazo não existem recursos naturais suficientes para a manutenção e ampliação da sociedade de consumo na proporção em que ela tem se desenvolvido nos países ricos.
Os recursos naturais, transformados em matéria-prima ao longo do desenvolvimento do capitalismo tentem a um esgotamento inevitável. Há de se destacar que a utilização dos recursos naturais geralmente e mais acentuado nos países ricos e com alto índice de urbanização, ao passo que nos países mais pobres ou em locais com baixo índice de urbanização esse consumo tende a ser menos acentuado. Contudo, os ideais em torno do desenvolvimento econômico, da industrialização e do consumo tornam o mundo homogêneo, fazendo com que, os países pobres almejem o mesmo padrão de consumo e desenvolvimento dos países ricos.
Para comprovar esse consumo desenfreado basta observar alguns dados em relação ao consumo diário de uma cidade americana de 1 milhão de habitantes:
600 mil toneladas de água.
8500 toneladas de combustível.
1800 toneladas de alimentos.
450 toneladas de esgotos.
860 toneladas elementos que poluem a natureza.
8600 toneladas de lixo.
Poluição atmosférica
Refere-se à presença de gases tóxicos e partículas sólidas no ar, o que ocorre por meio da queima dos chamados combustíveis fósseis, principalmente o carvão mineral e os derivados do petróleo (siderúrgicas e petroquímicas, usinas, automóveis, etc) que produzem grande quantidade de dióxido de carbono (o CO2). Vamos observar alguns dados estatísticos em relação ao lançamento de poluentes:
Os norte-americanos e os chineses são os campeões em se tratando de produção e lançamento de resíduos atmosféricos, com mais de 20% do total, o que equivale a mais de 6 bilhões de toneladas por ano cada um. Estimativas mais recentes indicam que a China já teria suplantado a primeira posição no ranking de lançadores de CO2. O que importa constatar é que alguns poucos países concentram mais de 50% do total de emissões globais.
1 - Estados Unidos - 21 %
2 - China - 19 %
3 - Rússia - 5.9 %
4 - Índia - 5.1 %
5 - Japão - 5.0 %
6 - Alemanha - 3.3 %
7 - Reino Unido - 2.3 %
8 - Canadá - 2.1 %
9 - Coréia do Sul - 1.8 %
10 - Itália - 1.8 %
17- Brasil – 1.3%
Em se tratando desse quesito o Brasil não fica entre os principais poluidores, ocupando a posição 17.
Países que mais lançam CO2 por habitante (a média mundial é de 4,4 t/CO2/habitante/ano). A média no Brasil é de 1,9 tonelada de CO2 por ano.
1 Catar, 50,1
2 Bahrein, 26,8
3 Trinidad e Tobago, 20,2
4 EUA, 18,8
5 Luxemburgo, 18,3
6 Kuwait, 17,8
7 Austrália, 17,1
8 Arábia, 15,2
9 Cingapura, 13,6
10 Canadá, 13,5
Os especialistas apontam que a redução das emissões é fundamental para evitar que a temperatura mundial não se eleve ainda mais nas próximas décadas. Contudo, pare se atingir esse objetivo é imprescindível que os países em desenvolvimento e os Estados Unidos adotem medidas para reduzir suas emissões.
A poluição do ar é responsável por inúmeras doenças, em especial no aparelho respiratório, como a bronquite e até câncer pulmonar. Nos países desenvolvidos estima-se que 6% dos óbitos são causados pela poluição atmosférica.
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