Os Gregos Antigos (1 de 6) - A Grécia do Minotauro e o domínio de Micenas

Período Pré-Homérico(2000-1100 a.C.)



A partir de 2000 a.C. as regiões que formaram a Grécia Antiga passa a ser ocupadas por povos de origem indo-europeia, como os aqueus, jônios, eólios e dórios. Esses povos se estabeleceram gradativamente ao sul da Península Balcânica, nas ilhas do Mar Egeu e no litoral da Ásia Menor. Essa região era chamada de Hélade, e seus habitantes denominados helenos. O termo “grego” foi atribuído aos habitantes da região da Hélade, posteriormente, pelos romanos.

Deve-se destacar que os gregos compartilhavam uma cultura em comum, mas nunca houve centralização política, ao contrário, o que prevaleceu foi o modelo das cidades-estados autônomas. Entre outros motivos, o que favoreceu o modelo das cidades-estados foram condições geográficas como o relevo montanhoso e as diversas ilhas que proporcionam um maior isolamento das diferentes localidades.

A Grécia do Minotauro e o domínio dos Cretenses (2000-1450 a.C.)

Uma das primeiras civilizações da região da Hélade foi os cretenses, que se desenvolveu na Ilha de Creta. A civilização cretense é conhecida também como minóica, em referência ao lendário rei Minos, que teria conquistado várias cidades, inclusive, Atenas.

Os atenienses teriam sido responsável pela morte do filho do rei Minos (o que efetivamente não aconteceu, já que Atenas não existia na época) e como vingança o rei dos cretenses impôs um pagamento de tributo em forma de homens e mulheres que eram oferecidos ao famoso Minotauro (mostro metade homem, metade touro), que habitava um labirinto no palácio de Cnossos, construído pelo rei Minos para conter o monstro. Trata-se é claro, de uma fábula para exaltar toda à grandiosidade da civilização cretense e a sua supremacia em relação às outras cidades-estados.

O domínio de Micenas (1450-1100 a.C.)

Mais tarde, por volta de 1450 a.C. os cretenses teriam se unidos aos aqueus, ou sendo vencido por eles em batalhas, dando origem a civilização micênica, ou conhecida, também, como creto-micênica, com um importante núcleo urbano localizado na cidade de Micenas.

Os micênicos se especializaram na arte de guerrear de uma forma ainda não vista na Hélade. Usavam carros de combate, armadura, elmo, perneiras, lanças, escudos, além de uma frota de embarcações que poderiam ser utilizadas em expedições militares. Utilizando-se desse poderio militar, depois de conquistar os cretenses, a civilização micênica continuou a sua expansão até se chocaram com a importante cidade de Tróia.

Por ser um importante centro comercial essa cidade era ambicionado por Micenas, o que levou à famosa Guerra de Tróia por volta do século XIII a.C., relatada na imortal obra de Homero, a famosa Ilíada (em grego a palavra Ilíada significa Tróia). Deve-se destacar que a obra – que oferece inúmeras pistas sobre a cultura grega – é repleta de histórias mitológicas e foi escrito, provavelmente, 500 anos depois dos eventos terem acontecidos.

A Guerra de Tróia é cercada por aspectos mitológicos e durante muito tempo se questionou a real existência da cidade. Contudo, no final do século XIX se descobriu pistas de várias cidades superpostas na atual região da Turquia. As evidências arqueológicas apontam para um total de nove cidades que foram sendo construídas em cima de antigas ruínas ao longo de toda a história. Supõe-se que a Tróia de Homero seja a VII dessas ruínas.

Após a invasão da Hélade pelos aqueus, sucederam-se os jônios, eólios e, por fim, já no chamado Período Homérico, os dórios (que vinham da região do Cáucaso), que aniquilaram muitas cidades e o que havia sido um dia a grande civilização creto-micênica. 

Ruínas do Palácio de Cnossos, em Creta.

Representação do Minotauro.

Representação de Teseu lutando contra o Minotauro.

Palácio de Cnossos.

Palácio de Cnossos

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