Fordismo e Taylorismo
Uma das características da Segunda Revolução Industrial é a intensificação da divisão técnica do trabalho, em especial no início do século XX, quando Henry Ford introduziu a esteira criando a linha de montagem.
Quem melhor justificou e teorizou a respeito dos supostos benefícios da divisão do trabalho, da sua necessidade e iminência foi Frederick Taylor.
Taylor, como de resto boa parte dos industriais, burgueses, homens públicos e até pensadores, viam os trabalhadores – senão todos eles, uma boa parcela – como preguiçosos e indolentes, sendo que no ambiente fabril, em se permitindo, criariam subterfúgios para preencher o seu tempo com qualquer coisa, menos com o trabalho.
Interessado em racionalizar a produção e aumentar a produtividade Taylor criou métodos para reduzir o tempo da execução das atividades. Passou a observar os trabalhadores, seus movimentos, com objetivo de suprimir movimentos desnecessários, simplificando as operações corporais necessárias para a produção da mercadoria.
Para cumprir esse objetivo, Taylor via como imprescindível treinar aqueles trabalhadores "indolentes", vigiá-los em seu trabalho, inclusive, com a utilização de cronômetros, de tal forma que se incorporasse na nova dinâmica no trabalho, e se isso não acontecesse, puni-los de forma adequada (não mais brutal, agora invisível, pedagógica, eficiente). Tudo isso segundo Taylor, para o próprio bem do trabalhador.
As ideias de Taylor se espalharam rapidamente, favorecendo:
- O desenvolvimento de toda uma ciência do planejamento, inclusive, com homens especializados em administrar homens.
- Amálgama desse processo a ideia de que no âmbito da profissão, ou da relação indústria-trabalhador, tudo é impessoal, regido por normas, regras, enfim, uma invisível mecânica da produtividade e do aproveitamento. Não existe a figura do patrão opressor, agora temos a mão invisível do “mercado”, por exemplo.
- O sistema de prêmios e gratificações para os trabalhadores exemplares, fazendo com que ocorram verdadeiras disputas, pondo fim muitas vezes, na solidariedade entre os trabalhadores.
Uma das características da Segunda Revolução Industrial é a intensificação da divisão técnica do trabalho, em especial no início do século XX, quando Henry Ford introduziu a esteira criando a linha de montagem.
Quem melhor justificou e teorizou a respeito dos supostos benefícios da divisão do trabalho, da sua necessidade e iminência foi Frederick Taylor.
Taylor, como de resto boa parte dos industriais, burgueses, homens públicos e até pensadores, viam os trabalhadores – senão todos eles, uma boa parcela – como preguiçosos e indolentes, sendo que no ambiente fabril, em se permitindo, criariam subterfúgios para preencher o seu tempo com qualquer coisa, menos com o trabalho.
Interessado em racionalizar a produção e aumentar a produtividade Taylor criou métodos para reduzir o tempo da execução das atividades. Passou a observar os trabalhadores, seus movimentos, com objetivo de suprimir movimentos desnecessários, simplificando as operações corporais necessárias para a produção da mercadoria.
Para cumprir esse objetivo, Taylor via como imprescindível treinar aqueles trabalhadores "indolentes", vigiá-los em seu trabalho, inclusive, com a utilização de cronômetros, de tal forma que se incorporasse na nova dinâmica no trabalho, e se isso não acontecesse, puni-los de forma adequada (não mais brutal, agora invisível, pedagógica, eficiente). Tudo isso segundo Taylor, para o próprio bem do trabalhador.
As ideias de Taylor se espalharam rapidamente, favorecendo:
- O desenvolvimento de toda uma ciência do planejamento, inclusive, com homens especializados em administrar homens.
- Amálgama desse processo a ideia de que no âmbito da profissão, ou da relação indústria-trabalhador, tudo é impessoal, regido por normas, regras, enfim, uma invisível mecânica da produtividade e do aproveitamento. Não existe a figura do patrão opressor, agora temos a mão invisível do “mercado”, por exemplo.
- O sistema de prêmios e gratificações para os trabalhadores exemplares, fazendo com que ocorram verdadeiras disputas, pondo fim muitas vezes, na solidariedade entre os trabalhadores.
A revolução técnico-científica e as novas tecnologias organizacionais
Quando falamos do impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais estamos fazendo uma referência obrigatória à chamada “Terceira Revolução Industrial”, que a partir da década de 1950 começou a incorporar novas tecnologias ao processo de fabricação de mercadorias e ao mundo do trabalho. Entre as novas tecnologias podemos citar os computadores, softwares, fibra óptica, chips, rádio e televisão, telemática, indústria aeroespacial, satélites, biotecnologia e a robótica.
Uma das consequências dessa nova dinâmica produtiva é o desemprego tecnológico, onde se tem uma maior procura de trabalhadores altamente especializados, ou mesmo a simples substituição do trabalho humano pelas máquinas. Há de se destacar, que se buscam trabalhadores que dominem várias atividades ou tecnologias diferentes, o que, igualmente, é um fator que contribui para o aumento do desemprego.
A partir dessa nova perspectiva organizacional observa-se uma mudança em relação ao modelo fordista – onde o operário controlava apenas uma máquina ou executava apenas uma operação – para uma requerida flexibilidade, onde o trabalhador deve se mostrar ágil, multifuncional e polivalente. Se antes, em uma fábrica, por exemplo, o trabalhador era responsável somente por uma função, agora ele deve deter conhecimento para a execução de várias operações, dominando e controlando múltiplas máquinas e equipamentos.
Tem-se uma mudança do antigo paradigma organizacional do fordismo conhecido como "product oriented" para o novo padrão, o "market oriented":
A empresa product oriented são aquelas em se constituem enquanto unidade autônoma no desenvolvimento de novos produtos e na imposição desses produtos para o mercado, como o Modelo T, da cor preta, de Ford. Nesse modelo a oferta de bens e inadequada a demanda.
A empresa market oriented é aquela em que é a sociedade que elabora as novas necessidades, os novos valores e a demanda. Os cientistas e os homens de negócio devem saber decodificar os sinais emitidos pela sociedade com a finalidade de inspirar novas ideias que serão convertidos em novos serviços e produtos.
Poder-se-ia pensar que essa nova postura em relação ao trabalho tem como objetivo proporcionar ao trabalhador o conhecimento em relação à totalidade da confecção do produto, uma vez que a fragmentação das operações produtivas tornava o trabalhador alienado ou “brutalizado”, de acordo com a contundente crítica de muitos pensadores socialistas; contudo, o que se observa muitas vezes é apenas a utilização do trabalhador como forma de incrementar a competitividade, melhorar e diminuir o custo com as rotinas de trabalho e consequentemente aumentar a mais-valia.
O Toyotismo
O conjunto de modificações em relação à organização do trabalho a partir da década de 1970 ficou conhecido como Toyotismo, em referência a empresa japonesa Toyota, que na recessão do capitalismo da década de 1970 precisava engendrar estratégias para dinamizar a produção e competir com as indústrias americanas. Entre as principais características desse modelo, pode-se destacar:
· A lógica do consumo orientando a produção das mercadorias. Deriva daí a necessidade da multiplicidade de funções e operações que o trabalhador deve dominar para poder atender as alterações na demanda de produção.
· Grande automatização da produção, inclusive com ampla utilização de computadores para orientar a produção, regulando os estoques, ou o chamado just in time, que permite variar rapidamente a produção, atendendo as necessidades e exigências do mercado consumidor e como consequência possibilitar mudanças rápidas nas técnicas e na organização do trabalho.
· Manutenção de estoques mínimos, de acordo com a procura dos consumidores.
· Terceirização de alguns setores.
As grandes organizações contratam outras empresas para formar uma parceria em questões como marketing, pesquisa, desenvolvimento de produtos, produção de determinados componentes, entre outros. Contudo, por meio da terceirização, muitas organizações procuram se livrar de funcionários que desempenhavam atividades complementares e consideradas não tão “necessárias” para o “foco” e objetivo da organização, como, por exemplo, segurança, limpeza e alimentação.
A consequência para esses últimos, o que ocorre é uma grande precarização das condições e dos benefícios advindos do trabalho. A ideia que ampara terceirização é a necessidade de reduzir as despesas com a burocracia e a manutenção de funcionários, concentrando-se naquilo que supostamente a empresa sabe “fazer de melhor”. Os trabalhadores terceirizados tornam-se descartáveis, reitera-se a concepção de que os trabalhos executados por alguns funcionários são inferiores, e, portando, os trabalhadores são dispensáveis.
Quando falamos do impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais estamos fazendo uma referência obrigatória à chamada “Terceira Revolução Industrial”, que a partir da década de 1950 começou a incorporar novas tecnologias ao processo de fabricação de mercadorias e ao mundo do trabalho. Entre as novas tecnologias podemos citar os computadores, softwares, fibra óptica, chips, rádio e televisão, telemática, indústria aeroespacial, satélites, biotecnologia e a robótica.
Uma das consequências dessa nova dinâmica produtiva é o desemprego tecnológico, onde se tem uma maior procura de trabalhadores altamente especializados, ou mesmo a simples substituição do trabalho humano pelas máquinas. Há de se destacar, que se buscam trabalhadores que dominem várias atividades ou tecnologias diferentes, o que, igualmente, é um fator que contribui para o aumento do desemprego.
A partir dessa nova perspectiva organizacional observa-se uma mudança em relação ao modelo fordista – onde o operário controlava apenas uma máquina ou executava apenas uma operação – para uma requerida flexibilidade, onde o trabalhador deve se mostrar ágil, multifuncional e polivalente. Se antes, em uma fábrica, por exemplo, o trabalhador era responsável somente por uma função, agora ele deve deter conhecimento para a execução de várias operações, dominando e controlando múltiplas máquinas e equipamentos.
Tem-se uma mudança do antigo paradigma organizacional do fordismo conhecido como "product oriented" para o novo padrão, o "market oriented":
A empresa product oriented são aquelas em se constituem enquanto unidade autônoma no desenvolvimento de novos produtos e na imposição desses produtos para o mercado, como o Modelo T, da cor preta, de Ford. Nesse modelo a oferta de bens e inadequada a demanda.
A empresa market oriented é aquela em que é a sociedade que elabora as novas necessidades, os novos valores e a demanda. Os cientistas e os homens de negócio devem saber decodificar os sinais emitidos pela sociedade com a finalidade de inspirar novas ideias que serão convertidos em novos serviços e produtos.
Poder-se-ia pensar que essa nova postura em relação ao trabalho tem como objetivo proporcionar ao trabalhador o conhecimento em relação à totalidade da confecção do produto, uma vez que a fragmentação das operações produtivas tornava o trabalhador alienado ou “brutalizado”, de acordo com a contundente crítica de muitos pensadores socialistas; contudo, o que se observa muitas vezes é apenas a utilização do trabalhador como forma de incrementar a competitividade, melhorar e diminuir o custo com as rotinas de trabalho e consequentemente aumentar a mais-valia.
O Toyotismo
O conjunto de modificações em relação à organização do trabalho a partir da década de 1970 ficou conhecido como Toyotismo, em referência a empresa japonesa Toyota, que na recessão do capitalismo da década de 1970 precisava engendrar estratégias para dinamizar a produção e competir com as indústrias americanas. Entre as principais características desse modelo, pode-se destacar:
· A lógica do consumo orientando a produção das mercadorias. Deriva daí a necessidade da multiplicidade de funções e operações que o trabalhador deve dominar para poder atender as alterações na demanda de produção.
· Grande automatização da produção, inclusive com ampla utilização de computadores para orientar a produção, regulando os estoques, ou o chamado just in time, que permite variar rapidamente a produção, atendendo as necessidades e exigências do mercado consumidor e como consequência possibilitar mudanças rápidas nas técnicas e na organização do trabalho.
· Manutenção de estoques mínimos, de acordo com a procura dos consumidores.
· Terceirização de alguns setores.
As grandes organizações contratam outras empresas para formar uma parceria em questões como marketing, pesquisa, desenvolvimento de produtos, produção de determinados componentes, entre outros. Contudo, por meio da terceirização, muitas organizações procuram se livrar de funcionários que desempenhavam atividades complementares e consideradas não tão “necessárias” para o “foco” e objetivo da organização, como, por exemplo, segurança, limpeza e alimentação.
A consequência para esses últimos, o que ocorre é uma grande precarização das condições e dos benefícios advindos do trabalho. A ideia que ampara terceirização é a necessidade de reduzir as despesas com a burocracia e a manutenção de funcionários, concentrando-se naquilo que supostamente a empresa sabe “fazer de melhor”. Os trabalhadores terceirizados tornam-se descartáveis, reitera-se a concepção de que os trabalhos executados por alguns funcionários são inferiores, e, portando, os trabalhadores são dispensáveis.
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