O longo período compreendido entre os séculos V e X é caracterizado pela formação do sistema feudal. O feudalismo está intimamente ligado com a desestruturação do Império Romano em face das invasões dos povos germânicos.
Esses povos eram chamados pejorativamente pelos romanos de “bárbaros”, expressão utilizada para designar todos que viviam além das fronteiras do Império Romano e que não compartilhavam dos mesmos costumes. É claro que os romanos não tinham nenhuma preocupação em diferenciar esses povos, rotulando-os a todos com a mesma denominação.
Os germânicos eram guerreiros, mas também praticavam a agricultura e o pastoreio. Os germânicos praticavam agricultura e pecuária e foram eles que introduziram na Europa artigos como peles, calças e vestimentas mais adequadas ao frio, esquis, o uso do sabão e da manteiga, a fabricação de tonéis, além do cultivo de novos cereais, como a aveia e o centeio. Foi à busca de terras férteis que levou esses povos a uma aproximação em relação ao Império Romano. Com o esgotamento da expansão romana e a dificuldade de repor a mão-de-obra escrava, um dos principais problemas encontrados era o abastecimento das numerosas tropas romanas que estavam fixadas nas extremidades do Império. A solução encontrada pelos romanos foi comercializar com os germânicos, que gradativamente foram adentrando as fronteiras do Império, arrendando terras que eram cultivadas em troca de pagamentos regulares ao Império.
Os povos germânicos davam grande importância para a guerra e valorizavam a coragem no campo de batalha e a fidelidade entre os guerreiros. Os guerreiros formavam um bando, ou comitatus e eram comandados por um chefe ao qual prestavam um juramento de fidelidade. Com o tempo muitos chefes transformaram-se em reis. Os germânicos não tinham leis escritas baseando-se na oralidade. O direito era, portando, consuetudinário, ou seja, baseado nos costumes e transmitido oralmente.
A partir do século III, o Império sofreria efetivamente as incursões militares dos germânicos: saques e invasões à região da Gália, Hispânia, Península Ibérica, Bretanha e Macedônia. O Império mostrava toda a sua fragilidade, e os bárbaros (francos, alamanos, bávaros, lombardos, anglo-saxões, frísios, godos-escandinavos, ostrogodos, visigodos, borgúndios e vândalos) aproveitavam para conquistar territórios e riquezas.
A partir do século IV Roma muda a sua tática e permite que populações inteiras adentrem os limites do Império ocupando terras como povos federados. A aliança entre os bárbaros e os romanos tinha por um lado o objetivo de minimizar os saques dos germânicos aos territórios romanos e, por outro, aumentar a oferta de mão-de-obra.
Contudo, a política Romana não impediu que em 410 Alarico, líder dos visigodos saqueasse Roma, mostrando que as fronteiras e a legitimidade do Império havia a muito sido dissolvidas.
Por volta da metade do século V o Império Romano sofreria com a invasão dos hunos, liderados por Atila, chamado pelos cristãos de “o flagelo de Deus”. Vindos da Mongólia os hunos submeteram o Império Romano do Oriente, obrigando o imperador Teodósio II a pagar um tribuno anual e investiram contra o Império Romano do Ocidente, atacando a Península Ibérica e poupando Roma mediante a intercessão do papa Leão I e o pagamento de novos tributos.
Em face da desestruturação do Império, no ano de 476 Odoacro, rei dos chamados Hérulos (tribos germânicas) à frente de 500 mil Hérulos invade a Itália e conquista Roma, depondo o último imperador, Rômulo Augusto (que acaba sendo poupado por Odoacro).
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