Roma (9 de 9) - Crise do Império Romano

Baixo Império Romano (285- 476)

Crise do Império Romano

Entre os fatores que marcaram a crise e o fim do Império Romano pode-se destacar:

  • As vastas dimensões territoriais, e a dificuldade de controlar um Império tão vasto. Mais de um milhão de soldados que deveriam ser mantidos protegendo as fronteiras à custa do Império sem novas conquistas que pudessem acrescer divisas para subsidiar o pagamento das tropas (não havia mais a possibilidade dos saques).
  • Aumento das tributações para compensar os recursos que eram necessários para a manutenção das legiões nas fronteiras.
  • A disseminação do cristianismo e de toda a teologia pacifista, que era totalmente contrária à organização expansionista romana e a própria estruturação das legiões. A maioria dos cristãos simplesmente se recusava a servir militarmente ao Império, preferindo a própria morte. Além disso, devemos lembrar que os cristãos gradativamente passaram a se recusar a reconhecer a divindade dos Imperados, contestando a legitimidade de seu poder.
  • A economia escravista e a dificuldade da reposição da mão-de-obra escrava desde o Édito de Caracala, acentuado pelo baixo crescimento vegetativo entre os escravos e pelas inúmeras conversões ao cristianismo, que levava a imediata libertação dos escravos por parte das famílias convertidas.
  • Intensificação dos conflitos com os povos germânicos, ou as chamadas Invasões Bárbaras, inicialmente pacificas, e posteriormente permeadas por saques e violência e extremo terror. As invasões bárbaras darão origem ao processo de ruralização, uma das características mais marcantes do feudalismo.
  • Desestabilização política, com o contínuo assassínio dos imperados romanos.
Após tentativas malogradas de reformas administrativas e fiscais, o Império acabou dividido em 395, dando origem ao Império Romano do Ocidente com sede em Roma e Império Romano do Oriente, com sede em Bizâncio (depois chamada de Constantinopla).

O Império Romano Oriental, chamado de Império Bizantino vai sobreviver por longo período, atravessando toda a Idade Média e tendo sua queda somente em 1453. 

Em face da desestruturação do Império, no ano de 476 Odoacro, rei dos chamados Hérulos (tribos germânicas) à frente de 500 mil Hérulos invade a Itália e conquista Roma, depondo o último imperador, Rômulo Augusto (que acaba sendo poupado por Odoacro).


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