Se a partir do século XI a Europa
assistiu um impressionante estímulo das atividades econômicas, além do
crescimento populacional, o século XIV foi marcado, sobretudo, por inúmeras
tragédias, como escassez de alimentos, pestes e guerras.
O resultado desse século negro foi nada menos do que a crise do feudalismo e do poder
dos senhores feudais.
A partir de 1315 chuvas
intensas e incomuns acabaram com as colheitas fazendo com que a fome se
disseminasse. A chamada “grande fome” acabou se agravando nos anos
seguintes matando centenas de milhares de pessoas.
Poucas décadas depois da grande
fome outro tormento afligiria a Europa: a peste negra. A peste negra era na
verdade um tipo de peste bubônica, transmitida por pulgas e das ratazanas.
Acredita-se que a peste tenha chegado à Europa em 1347 através dos genoveses
que comercializavam com o Oriente, e se disseminado rapidamente por meio das
agora dinâmicas rotas comerciais. Em
pouquíssimo tempo já havia se alastrado por toda a Europa, chegando à Inglaterra,
Península Ibérica e ao Sacro Império.
Estima-se que cerca de um
terço da população da Europa morreu em decorrência da peste negra. Para
ter uma ideia à Inglaterra possuía uma população estimada de 3,7
milhões foi reduzida para 2,25 milhões. A Europa recuperaria a sua
população somente no século XVI.
A ciência da época não conhecia a
peste bubônica, não havia conhecimento adequado do que poderia se feito para
evitá-la e normalmente se associava a doença a cólera divina, a ira divina sobre
os humanos. Era comum culpar os judeus ou os leprosos pela doença, ou se buscar
a penitência para curá-la. A peste acabou se estendendo por todo o século XIV
adentrando o século XV.
Se de um lado havia peste
dizimando populações e fazendo com que desaparecessem povoados inteiros, por
outro, o século XIV conheceu a mais longa de todas as guerras da Idade Média,
que perpassou um imenso período que vai de 1337 a 1453, conhecida como Guerra
dos Cem Anos, travada entre ingleses e franceses.
A guerra foi iniciada com a
questão da sucessão ao trono da França, na medida em que o rei Carlos IV morreu
sem deixar sucessor imediato e os ingleses cobiçavam o domínio dos territórios
franceses. Nessa época as guerras não eram travadas por estados nacionais e não
se tinha a noção de nacionalidade como se tem nos dias de hoje. Tratava-se
muito mais de um jogo de interesses e alianças que levava em conta territórios
e disputas políticas.
Foi na Guerra dos Cem Anos, após
os ingleses terem praticamente dominado a França em 1420 que surgiu uma figura
que marcaria a revanche francesa e retomada dos territórios, trata-se de Joana
d’Arc. A jovem camponesa, que lideraria as tropas francesas em várias batalhas
alegava contato com vozes celestiais que a orientavam em suas ações de combate
aos ingleses.
Aquela que século XIX seria
considerada a grande heroína dos franceses acabou sendo capturada pelos
ingleses em 1431, sendo posteriormente condenada e queimada viva em quando
tinha apenas 19 anos de idade. No início do século XX, a jovem heroína foi
beatificada e canonizada tornando-se a santa padroeira da França.
valeu !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
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