Colonização Espanhola da América (1 de 3) - Empresas Particulares e Vice-Reinos


Durante o século XVI, os espanhóis, atraídos pelas riquezas da Confederação Asteca e do Império Inca, conquistaram amplos territórios, subjugando e exterminando milhares de indígenas. A territorialidade conquistada pelos espanhóis se estendia do Sul da América, na região de Buenos Aires até a Califórnia, hoje território dos Estados Unidos.

Se num primeiro momento essa ocupação aconteceu por empresas particulares, muito rapidamente a coroa inglesa percebeu que era estratégico impor o seu poder nessa região, para controlar, principalmente, a produção e comercialização dos metais preciosos encontrados na América, através da prática do monopólio comercial, além de evitar a sonegação dos tributos, que eram essenciais para a manutenção do projeto colonizador.

Uma das consequências da presença do Estado espanhol na América, foi a proibição da escravização dos ameríndios. Contudo, se a escravização cessou, instituiu-se o trabalho compulsório dos nativos, ou seja, obrigatório.

Pode-se perceber que os espanhóis estavam desestruturando a forma de vida dos indígenas americanos e incorporando novas estruturas de poder, que visava, sobretudo, a potencialização dos lucros e o controle colonial.

Suprimindo o poder dos adelantados, a coroa espanhola tratou de criar vice-reinos, que estavam subordinados à metrópole:

  • Vice-Reino da Nova Espanha – criado em 1535, atual Cidade do México, antiga Tenochtitlán, centro da Confederação Asteca.
  • Vice-Reino do Peru – criado em 1543, com a capital em Lima.
  • Vice-Reino da Nova Granada – criado em 1717, com capital em Bogotá.
  • Vice-Reino do Rio da Prata – criado em 1776, com capital em Buenos Aires.
Apesar da estruturação administrativa da colônia, todo o controle das atividades comerciais e da aplicação das leis era feito a partir da Espanha. A execução dessas leis ou decisões comerciais tomadas pela metrópole ficava a cargo, principalmente, das audiências, que funcionavam como tribunais, e constituíam a instituição de maior poder na América. Nas cidades, as principais instituições eram os cabildos. Os cabildos eram responsáveis pelo recolhimento dos impostos e pela aplicação da justiça.

 A imagem acima retrata a utilização do trabalho compulsório na América espanhola.

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