Definição de Globalização
Mas é possível buscar outras acepções e características para tornar mais inteligível à ideia e o processo de globalização, nesse âmbito observa-se:
Trata-se da ideia de que vivemos e pertencemos a um único mundo, na medida em que os indivíduos e grupos de nações tornam-se cada vez mais interdependentes.
Como exemplo, podemos citar a morte da Princesa Diana: Uma princesa inglesa com um namorado egípcio, tem um acidente de carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa foi tratada por um médico americano, que usou medicamentos brasileiros.
Assim, a globalização é o processo pelo qual países e sociedades do mundo se tornam mais interconectados e interdependentes, tanto econômica quanto culturalmente. Isso acontece por meio de avanços na tecnologia, comunicações e transporte, permitindo a troca de bens, serviços, informação e cultura a uma escala global.
Globalização enquanto descoberta
Trata-se da exploração do planeta e do universo com o objetivo de torná-lo conhecível, possibilitando a exploração de seus recursos. (Colombo, Gagárin ou as sondas espaciais são exemplos desse processo de globalização).
Globalização enquanto colonização
Globalização enquanto colonização
Dominar militarmente outros povos (a expansão Napoleônica, a Inglaterra do século XIX, ou o domínio dos EUA do século XX). Pode-se falar ainda, da colonização dos mercados consumidores, invadindo-os de mercadorias, como no caso da Microsoft, por exemplo. Ou ainda da expansão do raio de ação de capitais e moedas, como no caso do dólar e do tratado de Bretton Woods.
Globalização tecnológica e mobilidade
Trata-se do avanço tecnológico ao longo dos séculos como agente que contribui de forma acentuada para acelerar o processo de aproximação. Deve-se destacar que o encurtamento das distâncias não atende todos da mesma forma.
Os custos de transporte de mercadorias decaem desde o século XIX. Desde o final da II Guerra Mundial até ao presente o frete marítimo reduziu-se em cerca de 80%, mesmo com as oscilações do preço do petróleo nos mercados mundiais.
Entre 1930 e o início do século XXI a receita das companhias aéreas por passageiro/milha reduziu-se quase a um décimo, num movimento constante de abatimento das tarifas e de aumento do tráfego aéreo.
Porém, a redução dos custos ganhou proporções inimagináveis com o desenvolvimento das comunicações e, especialmente, com a generalização do acesso à internet. É a informação que domina estrategicamente os principais fluxos globais, quer pelo volume, quer pela velocidade, ou ainda pelo fato de ter se tornado um dos bens mais valiosos na economia mundial. Neste contexto a imagem de um novo quadro de mobilidade à escala mundial acaba por ser o traço mais saliente deste novo sistema global.
À elevada mobilidade da informação e dos capitais, junta-se, acrescenta-se a mobilidade da força de trabalho.
Os movimentos migratórios internacionais ganharam uma nova escala em comparação com fluxos registados nos séculos XIX e XX. As migrações com fixação definitiva ou por longos períodos continuam a representar uma proporção considerável do total de fluxos, mas a emergência de formas mais temporárias de migrações, especialmente associadas à progressiva precarização dos mercados de trabalho, acabam por ser dos fenómenos mais significativos de novas redes de mobilidade.
Globalização comercial
Ampliação das trocas de mercadorias e integração dos mercados por meio da diminuição das barreiras comerciais. Em especial quando a taxa de crescimento das transações comerciais de um determinado período for superior ao crescimento do PIB mundial deste mesmo período. Uma das características mais marcantes da globalização comercial são as formações de blocos econômicos.
Existem 4 modelos básicos de blocos econômicos:
• Zonas de livre-comércio – existe a redução ou eliminação de tarifas alfandegárias.
• União aduaneira – além de abrir o mercado interno, define regras para o comércio com nações de fora do bloco.
• Mercado comum – permite a livre circulação de capitais, serviços e pessoas.
• União econômica e monetária – os países adotam a mesma política de desenvolvimento e uma moeda única.
Os blocos econômicos aceleraram o comércio mundial na medida em que reduzem as taxações impostas ao cruzar a alfândega. Em muitos casos, essa barreiras foram simplesmente eliminadas, processo conhecido como liberalização comercial.
União Europeia (UE) – Principal bloco econômico do planeta, englobando países como a França e a Alemanha. Além de ter a livre circulação de capitais, serviços e pessoas, mantém uma moeda comum, o euro.
NAFTA – Acordo de Livre Comércio da América do Norte, vinculando a economia Mexicana e Canadense, à economia dos EUA.
MERCOSUL – Criado em 1991, o Mercado Comum do Sul é o maior bloco econômico latino-americano. Trata-se de uma união aduaneira, já com algumas medidas de mercado comum, como o passaporte padrão, transito de pessoas e moradia entre os países. Os membros fundadores foram Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O objetivo do grupo é reduzir as tarifas de importação entre seus membros e possui uma tarifa externa comum para produtos importados.
Migrações Forçadas
As perigosas jornadas marítimas realizadas por refugiados, que partem do Oriente Médio e da África em direção à Europa, e se deslocam pelo Mediterrâneo, ilustram a mais grave crise migratória desde a segunda metade do século XX. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o total de imigrantes chegou a 65,3 milhões de pessoas, desalojadas por guerras, conflitos e perseguições políticas ou étnicas dentro ou fora de seus países de origem, um número que só encontra precedente no período que se seguiu à II Guerra Mundial.
MIGRANTE, qualquer pessoa que muda de região ou país.
EMIGRANTE, quem deixa seu local de nascimento.
IMIGRANTE, aquele que entrou em uma nova região ou país.
REFUGIADO, pessoa que muda de região ou país para fugir de guerras, conflitos internos, perseguição (política, étnica, religiosa, de gênero etc.) e violação aos direitos humanos.
SOLICITANTE DE ASILO, pessoa que pediu proteção internacional e aguarda a concessão do status de refugiado.
Crise dos refugiados
Dos mais de 65 milhões de pessoas que foram forçadas a se deslocar, 21,3 milhões são refugiados, 40,8 milhões são deslocados internos (dentro de seu próprio país) e 3,2 milhões, solicitantes de refúgio. A tendência de crescimento no número geral de deslocados vem ocorrendo com mais força desde 2011, quando começou a guerra civil na Síria – país de origem do garoto Aylan Kurdi, de 3 anos, que morreu afogado em uma praia na costa da Turquia, em setembro de 2015, e cuja imagem repercutiu em todo o mundo e passou a simbolizar o drama dos refugiados. O conflito que opõe grupos pró e contra o governo de Bashar al-Assad na Síria provocou a migração de cerca de metade da população do país, dos quais 5 milhões são refugiados. Um dado alarmante é que as crianças representam mais da metade do total de refugiados do mundo.
Globalização financeira
Trata-se de interligação dos mercados de capitais, acelerando as possibilidades de alocação de capitais. Assim, pode-se rapidamente destinar recursos para determinados países, mas ao mesmo tempo, utilizar a globalização financeira para se efetuar ataques especulativos contra economia vulneráveis.
Globalização produtiva
Se faz sentir, sobretudo, com a DIT (Divisão Internacional do Trabalho).
Globalização tecnológica
Globalização tecnológica
Trata-se do avanço tecnológico ao longo dos séculos como agente que contribui de forma acentuada para acelerar o processo da globalização.
Globalização de ideias e costumes
Neste caso as ideias se espalham por todo a mundo conhecido. Como exemplo dessa forma de globalização pode citar o poder da Igreja, o movimento Iluminista, as redes de notícias e o cinema, determinando uma cultura universal.
Globalização enquanto regulamentação
Globalização enquanto regulamentação
Diz respeito aos organismos internacionais que regular as políticas dos países, seus conflitos, comércio, questão ambiental, ajuda humanitária, entre tantos outros exemplos. Estima-se que existam mais de 2500 organizações internacionais.
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