As origens do ser humano (2 de 3): A cultura

Em seu contato com a natureza, transformando-a, de acordo com suas necessidades e desejos, o homem está produzindo cultura. Num sentido amplo, utilizado pelos antropólogos, cultura diz respeito a tudo que é produzido pelos homens em sua ação transformadora de sua própria existência. Da materialidade aos valores de uma época, tudo é considerado cultural. Cada povo, em determinado tempo e lugar tem a sua própria cultura, que pode ser bastante diferente.



Essa ideia de uma cultura compartilhada por um povo em determinado espaço e local ajuda a enfatizar o fato de que o ser humano não é uma unidade autônoma, isolada. Nesse sentido, o sociólogo Norbert Elias, defendia a ideia de uma “sociedade de indivíduos”, ou seja, existimos a partir de nossos laços com outros indivíduos, em última instância é essa relação que define a significância de nossas existências.

Inúmeros casos evidenciam o papel que a cultura desempenha na humanização dos indivíduos. Podemos citar o caso do rapaz que cresceu isolado do mundo a sua volta. Conhecido como Kaspar Hauser, ficou aprisionado e longe de qualquer possibilidade de socialização até a idade de 15 anos, quando foi abandonado em uma praça pública. Como não tinha contato com outras pessoas, Kaspar Hauser de fato entrou no que conhecemos como “realidade dos homens” ou se tornou propriamente humano quando lhe ensinaram a falar. Rapidamente adquiriu inúmeros conhecimentos com uma inclinação bastante especial para a música. 

Outro exemplo é Helen Keller que aos dezoito meses ficou cega e surda e por consequência muda. Até os 7 anos Helen Keller permaneceu afastada do mundo a sua volta, quando a sua família recebeu a professora Anne Sullivan que a auxiliou a compreender a mundo a sua volta, interpretá-lo, introduzindo Helen Keller no mundo inteligível. Novamente a cultura opera a humanização do indivíduo.




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