O reino hebreu
As bases de um verdadeiro estado hebraico somente foram efetivamente lançadas por volta do ano 1000 a.C. com o rei Davi (que segundo outra história alegórica teria derrotado o gigante Golias, o melhor dos combatentes dos filisteus, inimigos dos hebreus que habitavam na região costeira), conseguindo reunir todas as tribos e centralizar o poder, formando um exército permanente suficientemente forte para resistir aos inimigos externos.
Jerusalém acabou se tornando a capital de Israel e posteriormente, no governo do rei Salomão foi construído o Templo de Jerusalém (ou Templo de Salomão – que guardava os Dez Mandamentos).
A unidade dos hebreus não durou muito tempo, e a fragmentação em dois reinos (Reino de Israel e Reino de Judá) facilitou a invasão externa, inicialmente pelos assírios e mais tarde pelos babilônios, com Nabucodonosor em 587 a.C., que destruiu o Templo de Jerusalém e escravizou os hebreus (primeira diáspora). Posteriormente, os hebreus foram libertos pelos Persas (por volta de 538 a.C.), quando Ciro II permitiu a volta dos hebreus a Jerusalém e a reconstrução do templo (cabe destacar que muitos hebreus preferiram ficar na Babilônia, que se transformou em importante centro da cultura judaica por mais de mil anos).
A libertação dos hebreus pelos persas não impediu que séculos depois eles sofressem uma nova invasão, agora pelos macedônicos, e por fim pelos romanos, que massacraram os hebreus e destruíram Jerusalém em 70 (inclusive o Templo de Salomão, que havia sido reconstruído), levando aos hebreus a uma dispersão por outras regiões, incluindo a Ásia a Europa e a África, o que perdurou por centenas de anos e ficou conhecido como a Grande Diáspora.
Teria início uma peregrinação dos hebreus pelo mundo que perduraria por séculos e séculos, sem a possibilidade efetiva dos hebreus retornarem para a sua Canaã. A situação pioraria com a conversão do imperador Constantino ao cristianismo, no século IV. No ano de 325 o Concílio de Niceia responsabilizou os judeus pela morte de Jesus, o que serviu como justificativa para a perseguição dos judeus durante a Idade Média, Os judeus foram proibidos de exercer funções públicas e casar com não judeus. A perseguição prosseguiria na Idade Moderna e somente com os ventos da Revolução Francesa os judeus poderiam buscar a cidadania. Contudo, se por um lado, no século XIX temos uma maior possibilidade de busca de liberdade para os judeus, por outro, ter-se-á o florescimento dos nacionalismos, e os judeus serão acusados de não fazerem parte da cultura e da identidade dos Estados-nação, levando a novos massacres e perseguições.
A região da Palestina, por sua vez recebeu outros povos que se estabeleceram na região criando vínculos fortes. Os judeus somente retornaram à Palestina no final do século XIX e inicio do XX, se intensificando com o fim da Segunda Guerra Mundial, a partir da iniciativa da ONU em criar o estado de Israel.
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