Roma (8 de 9) - Dinastia dos Flávios, Antoninos e Severos

Dinastia dos Flávios (69-96)


Com a morte de Nero uma nova família assume o poder em Roma, dando origem a chamada Dinastia dos Flávios (69-96) que será composta por três imperadores militaristas:

Vespasiano (69-79) 

Foi no governo de Vespasiano que teve inicio a construção do Anfiteatro Flávio, ou mais conhecido como o Coliseu Romano. Era da corte de Nero, mas foi dispensado porque dormiu uma sessão de leitura de poesias de Nero.

Coliseu na década de 1870

Foi no governo de Vespasiano que ocorreu a grande Diáspora Judaica no ano de 71, após o ataque violento das tropas romanas na Judéia (atual Palestina), tendo levado posteriormente ao famoso episódio de Massada. 

Durante a investida dos romanos dez mil judeus que estavam na Fortaleza de Massada preferiram cometer suicídio coletivo a se entregar as tropas romanas. Após esse episódio Vespasiano proíbe a permanência dos judeus na Palestina, sendo obrigados a abandonar suas terras, passando a migrar pelo mundo até o final da Segunda Guerra Mundial, quando a ONU (como voto de minerva do brasileiro Osvaldo Aranha) decide pela criação do estado de Israel.

Tito Flávio (79-81) 

Foi o comandante das tropas romanas na destruição de Jerusalém, colocando fim à Guerra Judaico-Romana (onde 40 mil judeus foram assassinados, além de Massada).

Durante o seu governo ocorreu à erupção do Vesúvio em 79, destruindo a cidade de Pompéia e Herculano. Essas cidades ficaram embaixo de toneladas de pedra e lava causando a sua destruição total e a morte de milhares de pessoas.



Domiciano (81-96) 

Tachado de cruel e tirano, mas tido com bom administrador e executor de inúmeras e importantes obras. Alguns relatos dizem que Domiciano tinha vergonha da calvície, e costumava utilizar perucas. Algumas fontes tendenciosas acusam Domiciano de ter assassinado o irmão.

Domiciano é acusado também de perseguir os cristãos, surgindo, inclusive, a lenda de que o Apocalipse teria sido escrito durante o seu reinado como uma reação à intolerância do imperador.

Dinastia dos Antoninos (96-192) 

Costuma-se dizer que os imperadores da Dinastia dos Antoninos estão entre os melhore de Roma. Entre os imperadores desse período tem-se:

Nerva (96-98) 

Trajano (98-117) 

Grande administrador responsável por grandes obras, com a construção de estradas, pontes, aquedutos, portos, banhos público, além de obras de infraestrutura. A grandiosidade de suas obras e o seu bom governo lhe renderam o título de optimus princeps, sendo considerado um dos mais importantes imperadores romanos. Foi após o governo de Trajano que surgiu a expressão “felicior Augustos, melhor Traianus”, desejando-se a cada novo imperador mais sorte de Caio Otávio Augusto e mais capacidade de realização que Trajano.

Foi durante a época de Trajano que o Império Romano alcançou a sua máxima extensão territorial, marcando o auge do expansionismo Romano.

Conta-se que na época medieval o Papa Gregório I, por meio da intercessão divina ressuscitando Trajano da morte, batizando-o na fé cristã.

Adriano (117-138) 

Adriano foi um imperador filósofo e tratou de resolver os principais problemas de Roma através da via diplomática. Possivelmente, durante toda a história de Roma foi o período em que o Império desfrutou de maior tranquilidade.

Adriano era um grande admirador da cultura grega, sendo um dos responsáveis pela propagação do helenismo no mundo antigo. Foi o arquiteto responsável pela construção do Panteão de Roma e pela famosa Villa Adriana.

Antonino Pio (138-161) 

Marco Aurélio (161-180) 

Seu reinado foi marcado por guerras na parte oriental do Império Romano contra os partas, e na fronteira norte, contra os germanos. Foi o último dos cinco bons imperadores, e é lembrado como um governante bem-sucedido e culto; dedicou-se à filosofia, especialmente à corrente filosófica do estoicismo, e escreveu uma obra que até hoje é lida, Meditações. Marco Aurélio se recusa a viver na luxuosidade, e costuma acampar com as tropas romanas.

Comodo (180-192) 

O mais fraco dos imperadores da Dinastia dos Antoninos. Segundo a tradição tinha gosto pelos espetáculos violentos. E esse seu gosto pela violência teria começado muito cedo: diz-se que, aos 12 anos de idade, após reclamar de um banho muito quente, exigiu que o criado responsável fosse queimado vivo. Também apresentou-se como gladiador no anfiteatro, e devido à sua devoção ao culto de Hércules, um dos mitológicos filhos de Júpiter, autodenominou-se Hércules Romanus, impondo que o adorassem como a reencarnação de Hércules. 

Dinastia dos Severos (192 – 235)

A Dinastia dos Severos marca o início da decadência do Império Romano, com instabilidade nas províncias e inúmeras guerras. 

Entre os imperadores romanos destaca-se o governo de Caracala que ira promulgar o famoso Édito de Caracala em 212, onde estendia a cidadania a todos os habitantes livres do Império, ou seja, nenhum habitante das províncias romanas poderia ser escravizado.

Essa medida torna-se o ponto cruciar da decadência romana na medida em que, se por um lado, Roma alcançara sua máxima extensão territorial, por outro, a partir desse momento não poderiam mais escravizar os habitantes de suas províncias. O sistema produtivo baseado na escravidão entraria em colapso e a reposição da mão-de-obra escrava tornava-se muito difícil.

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