Entre as fraudes mais comuns nas eleições do Governo Imperial pode-se citar a contagem de votos de defuntos, de crianças e escravos; troca de urnas autênticas por outras falsas e nomeações de juízes e chefes de polícia “de confiança” para compor as mesas eleitoras.
Eleitos quase sempre à sombra de falcatruas, os políticos “liberais” e “conservadores” representavam com muita vitalidade os interesses das classes dominantes. O Sistema Eleitoral do Império excluía da vida política quase toda a população brasileira. Para se ter uma ideia, de uma população de 8 milhões de pessoas em 1860, apenas 1% do total tinha direito a voto.
Sem divergências ideológicas, os dois partidos políticos do Império (o Liberal e o Conservador) estavam sempre girando em torno do Imperador. Essa sintonia permitia o rodízio dos dois grupos no poder, o ajustamento dos interesses das classes dominantes e a preservação da figura do Imperador em relação a críticas à administração do país. Por isso, durante 49 anos, D. Pedro II relativamente à vontade tanto entre “conservadores”, como ao lado dos “liberais”.
Caricatura de Yantok
Brasil Império - (8 de 8) A transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado (fim da escravidão e imigração europeia)
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