A Conquista Inglesa da América


Os espanhóis foram os primeiros a chegar na América do Norte, que da mesma forma que a região do México e América Central era habitada por inúmeros povos indígenas. Contudo, a possibilidade da exploração das riquezas encontradas entre os mexicas e na região do Peru, fez com que os espanhóis se dedicassem a ocupação e dominação desses locais e povos, não levando adiante a conquista da costa Atlântica da América do Norte.

Essas regiões acabaram sendo exploradas pelos ingleses, com expedições de descoberta durante o século XVI, abrindo caminho para uma efetiva ocupação desses territórios durante o século XVII. Da mesma forma que os espanhóis, os ingleses encontravam pela frente centenas de tribos indígenas, com uma diversidade cultural e linguística impressionante.

Novamente se fez o uso das empresas particulares, que recebiam concessões da coroa inglesa para a exploração do Novo Mundo. A principal estratégia dessas empresas era a violência, levando ao extermino de tribos inteiras, ou forçando a população nativa a migrar para o oeste do território. Não existia nenhum impedimento moral em relação à matança, uma vez que os povos locais eram considerados inferiores; observe o relato de colono Jonas Michaelius: 

Quanto aos nativos deste país, encontro-os totalmente selvagens e primitivos, alheios a toda decência; mais ainda, incivilizados e estúpidos, como estacas de jardim, espertos em todas as perversidades e ímpios, homens endemoniados, que não servem a ninguém senão o diabo.”

Pode se perceber uma diferença fundamental nas relações com os indígenas quando comparados com os espanhóis. Se no caso da conquista espanhola houve a preocupação – dentro do contexto das reformas religiosas que estavam balançando a Europa – de tentar converter os indígenas ao catolicismo, de integrá-los a um modelo de sociedade que os espanhóis estavam interessados em reproduzir (com a utilização das missões jesuíticas e da catequese), no caso da conquista inglesa, apesar de algumas tentativas no início da colonização, não houve a preocupação em converter os indígenas, que foram apartados, expulsos de seus territórios, ou simplesmente exterminados.

Contudo, ao contrário do se possa pensar, a conquista da América por espanhóis e ingleses não aconteceu passivamente, ou seja, sempre houve a resistência dos povos indígenas, com ataques a vilas e rebeliões. Exemplo dessa resistência é a existência de inúmeros elementos culturas, além de línguas e dialetos que ainda hoje estão presentes em boa parte da América.

Abaixo uma imagem idealizada do contato dos peregrinos ingleses com os povos indígenas.

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