Origens do Fascismo (2 de 2) - As características do fascismo e do nazismo

Entre as principais características do fascismo e em especial do estado nazista, pode-se citar: 


Nacionalismo – trata-se da ideia da nação como ideal supremo, ou seja, todos devem se identificar com a grandeza de seu país, trabalhar e cooperar para o seu crescimento e sua glória, e se necessário morrer em sua defesa. Cabe destacar, que o nacionalismo fascista defende a ideia de que o estado e superior aos indivíduos, uma vez que compreende a “soma” de todos esses indivíduos. Nesse âmbito, todos os indivíduos existem para o estado e não o estado para os indivíduos. Trata-se, é claro, de uma postura que pode comprometer os direitos individuais. 

Totalitarismo – o poder está concentrado de forma total na estrutura estatal, e essa estrutura tem sob seu comando uma só pessoa ou grupo de pessoas, como um partido. No totalitarismo não existem questionamentos, o estado passa a ter o monopólio da verdade e decidir e dirigir a vida das pessoas, a vida delas se resume ao estado, que é a sua razão existencial. 

Unipartidarismo – o controle do estado deve ser exercido por um único partido; partido e estado passam a ser uno. 

Infabilidade do líder – ideia de que o líder o conhecimento do que é melhor para os seus seguidores. Todos devem confiar no líder e acatar as suas decisões porque ele é infalível. 

Vida longa à Alemanha!

Governo dos mais fortes – amparado nas teorias evolutivas do final do século XIX, diz respeito à crença de que o mundo deve ser governado pelos melhores, pelos mais fortes ou aptos. 

Arianismo – diz respeito à superioridade da raça alemã, ou da raça nórdica, da qual os alemães seriam os representantes mais genuínos. Assim os alemães, enquanto uma raça pura teria a pátria-mãe como solo sagrado e o estado alemão como defensor dessa raça pura, lutando e combatendo as raças consideradas impuras, inferiores ou degeneradas. 

Deve-se destacar que logicamente não eram todos os alemães que compartilhavam da ideia de superioridade da raça alemã. Por outro lado, o estado nazista efetuou um esforço gigantesco no sentido de criar uma oposição entre a raça ariana “sadia” e “forte” e todos os elementos que poderiam gradativamente enfraquecer essa raça, como os judeus, as pessoas que tinham alguma deformidade de nascimento ou que apresentasse problemas de natureza mental.

Esse esforço ia do campo artístico, com a abominação, por exemplo, do expressionismo e de artes de vanguarda, que passam a ser consideradas degeneradas, à formação médica, com escolas para formação de médicos nazistas. Como exemplo vale dizer que os médicos judeus foram proibidos de exercer seu ofício e quase 50% dos médicos da Alemanha faziam parte do Partido Nazista. Por outro lado, o casamento entre alemães e outras raças consideradas inferiores igualmente foi execrado, como sinal característica de degeneração. 


Antissemitismo – preconceito fundamentado em teorias cientificas e dirigido aos judeus, que passam a ser nocivos, degenerados apátridas, sem vinculação à uma pátria-mãe ou nação. Os judeus passam a ser vistos como errantes, como parasitas que historicamente sugariam e corromperiam as sociedades nos quais se instalaram. 

O Judeu. O incitador da guerra, o prolongador da guerra.

Rejeição ao liberalismo – na medida em que defende a união de todos para a glória da nação, o fascismo rejeita a sociedade liberal, uma vez que a liberdade, principalmente vinculada ao individualismo, enfraquece a união do grupo, ou a união de todos em favor do estado. 

Rejeição à democracia – entende-se que o pluralismo partidário presente na prática democrática apenas suscita discussões políticas inúteis e desnecessárias, e o jogo de interesses dos diferentes grupos políticos é mostra-se nocivo aos interesses nacionais. 

Combate ao socialismo – uma das principais bandeiras dos fascismos é o incansável combate aos socialistas. Acreditam que a ideia marxista de luta de classes é degenerativa na medida em que opõem grupos dentro de uma mesma nação. Contudo, os fascistas criticam a liberdade econômica que proporciona a desigualdade e a opressão econômica. 

A vitória da Alemanha é a libertação da Europa, cartaz em que a União Soviética comunista é simbolizada por um dragão.

De certa forma o “conflito de classes” típico do pensamento socialista seria substituído, a partir da coesão da população em torno do ideal da raça ariana, colocando-se em oposição, agora, no lugar da exploração capitalista, o “outro” degenerado, infecto ou parasitário. 

Ação instintiva – defendem que os indivíduos devem agir se necessário com violência sempre que for necessário resguardar os interesses da pátria. 

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