Segunda Guerra Mundial (1 de 4) - A politica de apaziguamento

Entre as principais motivações que levaram às potências a um novo conflito em escala mundial, pode-se destacar:


Fragilidade dos tratados de paz 

Ao final da Primeira Grande Guerra não existiu a preocupação em tentar reintegrar os vencidos, muito ao contrário, os perdedores foram considerados culpados pela guerra e responsabilizados com imensas penalidades, que iam desde a perda de territórios e colônias ao pagamento de indenização e humilhações. Esse quadro foi responsável pelo surgimento de um grande ressentimento e revanchismo, que se aliavam com as ideias distorcidas de autodeterminação levadas a cabo, em especial entre a população alemã.

Cabe destacar que a Itália, mesmo vencendo a Grande Guerra não ganhou os territórios que lhe haviam sido prometidos e o Japão além de ver reconhecido a clausula que dava igualdade aos japoneses no Tratado de Versalhes se viu impedido de expandir o seu território formando um grande império. 

A descrença no liberalismo e no regime democrático 

A Grande Depressão destruiu a economia de inúmeros países e abalou a confiança nos ideais liberais e na democracia. Foi um momento de grande entusiasmo para a Rússia socialista, que se saiu relativamente bem da crise, e nos países arrasados facilitou a adoção de medidas extremas, entre elas a ascensão do nazismo na Alemanha, que defendia o rearmamento e uma agressiva política expansionista. 

Relutância das potências europeias em enfrentar a ameaça nazista e a Política de Apaziguamento

O processo de expansão nazista começou com a criação de sua versão do New Deal, que priorizava o desenvolvimento industrial voltado para o rearmamento da Alemanha. Como o Tratado de Versalhes estipulava que a Alemanha não poderia ter mais de 100 mil homens, tanques, aviões ou submarinos, o processo de rearmamento iniciou-se silenciosamente, com a máxima descrição. 

Todos sabiam que Hitler tinha ambições expansionistas, mesmo assim, em parte por ocasião do grande trauma da Primeira Guerra Mundial as potências europeias, em especial França e Inglaterra mostravam-se extremamente relutantes em enfrentar a Alemanha e seus potenciais aliados, Japão e Itália, permitindo que eles violassem seguidamente as resoluções do Tratado de Versalhes. Essa atitude ficou conhecida como “Política de Apaziguamento”. 

O primeiro avanço bélico dos países do eixo (Alemanha, Itália e Japão) foi o ataque e a tomada da Etiópia pela Itália em 1935, fundamental para os italianos terem acesso ao Oriente Médio. 

Animado pelos tímidos protestos da Liga das Nações com a ocupação da Etiópia, a Alemanha ensaia as suas primeiras ações bélicas: a tomada da Renânia (importante centro industrial alemão tomado no pós Grande Guerra). A Renânia estava resguardada pelo Tratado de Versalhes e protegida por soldados franceses e ingleses, tratava-se, portando de uma ação extremamente perigosa da Alemanha nazista. Contudo, não ocorreu resistência ao avanço alemão (sabe-se que Hitler havia dado ordens para que seus soldados recuassem caso houvesse resistência) que retomou a região sem dificuldade, somente com protestos diplomáticos da França e Inglaterra. Tratava-se possivelmente do primeiro comando militar de Hitler desde que tentou tomar o poder através de um golpe em 1923.

No oriente, em 1931 o Japão dava inicio à invasão da China sem interferência das grandes potencias que iria culminar com e efetiva ocupação e devastação da China em 1937.

Em 1938 Hitler anexa a sua terra natal a Áustria, voltando sua atenção rapidamente para os Sudetos (região da Tchecoslováquia com mais de 3 milhões de alemães) que possuía importantes reservas minerais. Hitler orquestra incidente violentos na região dos Sudetos e com a justificativa de resguardar a população alemã insiste em ocupar a região. 

Alarmados, representantes da França, Inglaterra e Alemanha se reúnem em Munique e firmam ao final de novembro de 1938 o Acordo de Munique, onde França e Inglaterra cedem os Sudetos para a Alemanha com o intuito de tentar aplacar a voracidade nazista, sem o consentimento ou consulta à Tchecoslováquia. Apenas seis meses depois de Hitler prometer a paz em troca dos Sudetos e sem a ameaça de França e ou Inglaterra, Hitler invade toda a Tchecoslováquia. O passo seguinte era um tanto óbvio: a invasão da Polônia.

O imagem abaixo tinha o objetivo de mobilizar a população da Alemanha para a guerra: "Construa armas para a frente de batalha". 



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