Liberdade ou determinismo?
A partir dessas duas perspectivas coloca-se a questão: enfim o ser humano é livre ou os determinismos regem os atos e ações humanos tolhendo sua liberdade?
Pode-se dizer que o homem é sim livre, mas ao mesmo tempo, é também, determinado na media em que está inserido em determinado tempo e espaço, constrói laços sociais e partilha valores culturais comuns.
É que é importante destacar que o homem, por meio do seu intelecto pode em certa medida conhecer alguns dos determinismos que regem a sua vida, e mais, pode atuar no sentido de criar consciência em relação a esses determinismos, criando um novo efeito “causal” que capacita o indivíduo a exercer o poder individual e transformar a sua relação com a realidade, transcender, ou seja, buscar a sua liberdade.
Liberdade: Individual vs Social
No século XVII e XVIII foi teorizado o que é conhecido como a teoria individualista da liberdade, ou pensamento liberal. Tal ideia fundamentada pelos teóricos contratualistas – em especial Hobbes – advogava que os homens viviam inicialmente em um suposto estado de natureza onde continuamente guerreavam entre si. Esses homens cansados da insegurança teriam se reunido para estabelecer um contrato social, onde resolveram abrir mão de seu direito individual, delegando o poder ao estado, que deve, por sua vez, garantir a segurança dos indivíduos, a propriedade e a liberdade individual.
Contudo a liberdade que nasce nas teorias individualistas não parte do pressuposto de que todos os homens são iguais, fazendo com que, efetivamente, as possibilidades de escolha de cada indivíduo, ou seja, sua capacidade de experimentar de modificar a realidade seja limitada por grupos que detém o poder. Trata-se da lógica da “raposa livre no galinheiro livre”.
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