Emprego, desemprego e subemprego (3 de 4) - Nuances teóricos

John Stuart Mill

"Se pudermos duplicar as forças produtoras de um país, duplicaremos a oferta de bens em todos os mercados, mas ao mesmo tempo duplicaremos o poder aquisitivo para esses bens".

De acordo com essa teoria existe uma relação auto reguladora entre a produção e o emprego, sendo que o desemprego está relacionado com um momento de desajuste. O necessário ajuste viria quando os desempregados adentrassem novamente em ocupações produtivas, aceitando as novas condições impostas pelo mercado - quase sempre com salários menores.

John Maynard Keynes

Os seguidores de Keynes discordavam de Suart Mill, opondo-se a ideia de que o mercado cria mecanismos que o autorregula. Os keynesianos advogavam que a situação de empregos para todos, ou "pleno emprego", é ilusória,  podendo ser raramente alcançada. Para Keynes:

"Quando a procura efetiva é insuficiente, o sistema econômico se vê forçado a contrair a produção (...) Não há meio de assegurar maior nível de ocupação, a não ser pelo aumento do consumo."

Ou seja, não é aumentando a produção e os bens materiais que se consegue efetivamente o crescimento econômico e o pleno emprego.

Somente o aumento de consumo, atrelado a efetiva renda das pessoas poderia levar a um crescimento econômico e a um maior nível de emprego. O grande problema é que o poder aquisitivo muitas vezes está concentrado nas mãos de poucas pessoas, muitas vezes inviabilizando esse crescimento.

Marx

Para Marx o desemprego é necessário para o desenvolvimento do capitalismo. Mais que isso, parte dos trabalhadores se constituem enquanto um exército de mão-de-obra de reserva, que garante a reprodução do sistema capitalista e a concentração de renda e da propriedade nas mãos de poucos.

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