Cinco pilares do islamismo
revelados a Maomé:
- Chahada – Recitar e aceitar o credo: “Alá é nosso Deus e Maomé, o seu profeta”.
- Salá – Orar cinco vezes ao dia com o rosto voltado para a cidade de Meca.
- Zakat – Generosidade para com os pobres.
- Ramadã – Jejuar no nono mês do calendário anual (do nascer ao por do sol).
- Hajj – Peregrinar pelo menos uma vez na vida à cidade sagrada de Meca.
Os muçulmanos creem em um Deus
invisível e único, sendo que Maomé é seu último e principal profeta (Jesus é um de vários profetas).
Com a morte de Maomé em 632 e
problemas com a sucessão (Maomé não indicou seu herdeiro) o islamismo acabou posteriormente
se dividindo em duas facções:
- Xiitas – A única fonte de fé e o Corão e o governante máximo deve ser o líder espiritual (imãs) que é infalível. Além disso, a sucessão legitima caberia a linhagem do genro de Maomé, Ali, com sua filha Fátima.
- Sunitas – Não viam o califa como profeta ou intérprete infalível da fé, e além do Corão, consideravam as Sunna, que eram uma coleção de “palavras e atos” atribuídos a Maomé e compilados em livros que complementam o Corão. Diziam, também, que os governantes deveriam pertencer à tribo de Maomé. Atualmente os sunitas representam 90% dos muçulmanos.
Foi a partir do islamismo que os
árabes começaram a formatar um grande império. Com a morte de Maomé em 632 tem
início o Califado de Medina, que dura de 632 até 661, quando, por meio da
“guerra santa”, os árabes conquistam amplas regiões.
Trata-se de uma época de grande
desenvolvimento, quando os califas eram eleitos. Em 661 a família Omíada, de
Damasco, toma o poder acaba com as eleições para califa, dando inicio a uma
monarquia hereditária, conhecida com o Califado de Damasco, ou Califado Omíada.
Foi durante o Califado de Damasco que ocorreu a conquista de Península Ibérica.
O Califado de Damasco manteve o
poder até 750, quando os Abássidas, de Bagdá, conseguiram tomar o poder, dando
início ao Califado de Bagdá, que durou até 1258, quando foram derrotados
pelos mongóis.
Os Abássidas continuariam no poder na Península Ibérica, onde se desenvolveu o Califado de Córdoba, que
rivalizava com o Califado de Bagdá, em glórias e esplendor.
Com a derrota para os mongóis o
poder será transferido para o Egito, com o Califado do Cairo que que teve duração até
o século XVI.
Cultura, sociedade e economia:
- Diferente dos cristãos as autoridade islâmicas eram tolerantes em relação à religião, admitindo minorias religiosas.
- Era permitido que os seguidores de Alá tivessem até quatro esposas legítimas, além de contar com possíveis concubinas nos haréns.
- Apesar de o Corão considerar o homem superior a mulher, elas tinham o direito de se separar do marido. Por outro lado, os maridos poderiam obrigar a mulher a usar o véu para cobrir-se e exigir que baixassem os olhos quando andassem em público.
- Se durante a Antiguidade o “mare nostrum” era privilégio dos romanos, agora eram os árabes que o dominavam o Mar Mediterrâneo, exercendo um intenso comércio.
Contribuições para a cultura
ocidental:
- Desenvolveram a matemática (com a criação da álgebra), tiveram grandes avanços na geografia e a cartografia, além do desenvolvimento de técnicas de navegação e instrumentos como a bussola, o quadrante e o astrolábio.
- Criaram a química moderna, ou “alquimia”, com a descoberta do álcool e do ácido sulfúrico.
- Avanços na medicina, com a descoberta das origens do sarampo e da varíola.
- Obras arquitetônicas, como as mesquitas, onde se destaca o minarete, donde os muezim (sacerdotes) conclamaram os fiéis para as orações diárias.
- Traduziram filósofos da Antiguidade, como Aristóteles, além de escreveram obras fabulosas como “As mil e uma noites”.
0 Comentários