Antes do ano mil Veneza já aventurava no comércio com o Oriente, principalmente com O Império Bizantino. Sua especialidade era comprar mercadorias preciosas para revendê-las no Ocidente, com grandes lucros. Veneza já anunciava sua vocação mercantil, que a tornaria conhecida como um dos maiores entrepostos comerciais do mundo. Geograficamente Veneza é constituída por um aglomerado de ilhas. Lá, ruas se transformam em canais fluviais. A imagem abaixo é um detalhe do quadro Riva Degli Schiavani, do pintor Leandro da Ponte Bassano. A obra é do século XVI, repare no grande movimento comercial. Ao fundo se vê a Ponte Rialto, principal ponto de encontro dos mercadores, financistas e especuladores. Rialto é a síntese da atividade mercantil veneziana.
Veneza é conhecida também pelo seu carnaval, que tem suas primeiras edições ainda no século XII. Pode-se dizer que em termos de duração o carnaval veneziano ganha de longe do carnaval baiano: começava nos primeiros dias de outubro, sendo suspenso durante o Advento (as quatro semanas que antecedem o Natal) e recomeçando no dia 26 de dezembro, para terminar apenas na terça feira gorda (último dia antes do início da quaresma – na quaresma os cristãos não podem comer carne). O carnaval era um período onde a liberdade dos indivíduos se intensificava. As diferenças entre os sexos e as classes sócias se reduziam. As máscaras tomavam as ruas, os espetáculos se multiplicavam pela cidade. Os nobres faziam grandes festas e banquetes. A margem, as prostitutas e ladrões circulavam procurando seus alvos. Veneza se transformava em palco para uma grande comédia, e seus habitantes transfiguravam-se em atores, dando margem a algumas de suas fantasias mais secretas.
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